Eu sempre amei viajar. E viajarei até onde for possível. Seja pela literatura ou literalmente pelos caminhos da vida. Seja de ônibus, de carro, de avião ou de trem. Tanto faz. Já viajei várias vezes deitada no banco de trás do carro, lembro que eu já dormi em pousada no meio da estrada e de sentir um medo filho da mãe,  já viajei 30 horas de ônibus curtindo violão e bagunça. Já viajei com amigas de trem, já viajei sozinha, com primos e pais de avião, um dos medos que superei com o tempo. Fosse pro litoral, serra, outros estados que tive o prazer de conhecer, ir e voltar, ir e voltar,  interior, principalmente os de Minas Gerais e os da Bahia, e por outros países. Enfim. Jogar a mochila nas costas é um dos meus exercícios preferidos. Mas a minha maior paixão é conhecer pessoas. Diferentes pessoas, que me ensinam coisas novas, que tem histórias novas. Pessoas que vivenciam momentos crazys comigo, essas mesmas pessoas que, depois da despedida, eu não irei mais vê-las tão cedo em minha vida. Porque a gente sempre volta mesmo é pro pai, pra mãe. Pra família. É perturbador pensar nisso, mas a vida é assim, durante as viagens percebo quanto o tempo passa rápido e quão frágil a vida pode ser. Percebo que às vezes damos valor as coisas erradas, pessoas erradas. A vida é easy. Divertida. Louca. Inspiradora. Emocionante. E o melhor é que você pode fazer tudo isso sóbrio, totalmente ciente das atitudes, palavras e olhares que marcam cada instante. As pessoas me perguntam e eu digo: eu não torço pra um time. Eu não tenho uma banda preferida. Um prato preferido. Oras, bolas, eu não tenho um namorado. Eu não posso assumir uma direção. Mas eu posso aguentar a pessoa que me encara de volta no espelho.
É ruim quando você irrita a si mesmo.Tão irritante. Você não precisa tomar as decisões finais a todo momento. Ter ou não um filho. Casar ou não. Abrir um negócio ou não. Juntar dinheiro ou não. Você só precisa ter propósitos, que ai você vai descobrindo o que fazer. 
Algumas pessoas sentem que precisam mudar porque as pessoas desejam isso, mas apenas seja você mesmo, seja seu melhor amigo(a). Não se sinta confortavelmente entorpecido. Please.
Tá bom. Eu confesso. A vida é uma batalha dificil. ok.ok. Dois altos. Mas eu sou feroz, precoce e posso ser teimosa também. Blá. Blá. Blá. Não menos importante. Eu cometo erros sempre. Sempre mesmo. Eu sou perfeitamente incompleta, porém, feliz.
Então, não fique aí nos seus tantos anos parado. Tente subir essa grande montanha da esperança por um destino mais legal. Ou o que quer que isso signifique!!!

Mônica Fernandes